Em Teresina, cidade com 871 mil habitantes, o local escolhido para desenvolver o projeto foi o Residencial Edgar Gayoso, um conjunto habitacional popular distante do centro da cidade e que apresenta alta vulnerabilidade socioeconômica. As cerca de 450 famílias residentes não têm acesso a equipamentos públicos, serviços e espaços urbanos de qualidade próximos de casa.
![Vista aérea de um empreendimento urbano inclusivo em Teresina, Brasil. © Paulo Sérgio / WRI Brasil Vista aérea de um bairro residencial em Teresina, Brasil.](/sites/default/files/styles/small/public/urban_lab/52451964479_c35c64b947_k_3.jpg.webp?itok=YY4VdAD7)
Vista aérea de um empreendimento urbano inclusivo em Teresina, Brasil. © Paulo Sérgio / WRI Brasil
Teresina, Brasil
Teresina é a capital do estado do Piauí, no nordeste do Brasil. A cidade extremamente quente e seca faz parte do semiárido brasileiro, uma área ameaçada pela desertificação.
![Google generated map of Teresina](/sites/default/files/styles/large/public/urban_lab/map_image/map-teresina.jpg.webp?itok=-yuViHQN)
O Índice de Vulnerabilidade do Banco de Desenvolvimento da América Latina aponta Teresina como uma cidade com risco muito alto de exposição a mudanças climáticas e eventos extremos. Além disso, o Nordeste brasileiro é conhecido por enfrentar problemas de segurança alimentar.
Assim como muitas outras cidades do Brasil, Teresina enfrenta desafios para oferecer moradia adequada e acessível. Para resolver o problema, a cidade adotou o programa de habitação social Minha Casa, Minha Vida do governo federal. Esse programa previa o subsídio para aquisição de moradias por famílias de baixa renda. No entanto, o desenho da política não trouxe garantias quanto à localização das novas moradias construídas sob a iniciativa. Isso resultou na construção de vários conjuntos habitacionais em locais mais baratos, longe do centro da cidade. A alta vulnerabilidade de Teresina às mudanças climáticas afeta particularmente grupos de pessoas negras e indígenas que vivem nesses bairros de baixa renda.
Contexto
Em Teresina, o Laboratório Urbano está localizado no Residencial Edgar Gayoso, um conjunto habitacional distante do centro da cidade e com falta de acesso a serviços básicos e espaços públicos.
São mais de 450 residências praticamente isoladas no Residencial Edgar Gayoso. Há precariedade de acesso dos moradores a equipamentos e serviços públicos, espaços verdes e de lazer, oportunidades de emprego e geração de renda ou transporte público confiável. A população apresenta alta vulnerabilidade socioeconômica e, ainda que pouco ou nada contribua para as mudanças climáticas, sofre desproporcionalmente com seus efeitos.
![Participantes da Oficina de Mapeamento Participativo em Edgar Gayoso, Teresina. © Paulo Sérgio / WRI Brasil Quatro pessoas, em pé em uma rua calçada com pedras, olham para uma folha de papel que uma delas está segurando.](/sites/default/files/styles/large/public/gallery/Teresina-group-02.jpg.webp?itok=oOPZXPL4)
Participantes da Oficina de Mapeamento Participativo em Edgar Gayoso, Teresina. © Paulo Sérgio / WRI Brasil
![Melhorando o bairro através da construção de espaços comunitários multifuncionais. © Paulo Sérgio / WRI Brasil Crianças ajudam dois homens a erguer uma lona verde em frente de um parquinho em Teresina, Brasil.](/sites/default/files/styles/large/public/gallery/52454118565_e294114879_k_1.jpg.webp?itok=cLI9olm7)
Melhorando o bairro através da construção de espaços comunitários multifuncionais. © Paulo Sérgio / WRI Brasil
O Laboratório Urbano
Durante o primeiro ano do projeto, muitas pessoas e instituições se engajaram na formação de uma aliança local com forte participação da comunidade. O grupo é formado por representantes do poder público, academia, iniciativa privada e sociedade civil, incluindo moradores do residencial.
Depois de estudar os problemas que a comunidade enfrenta e consultar suas necessidades e desejos, a aliança está organizada e atuando no residencial para criar de forma inclusiva e colaborativa soluções que atendam aos desafios atuais e futuros.
O projeto catalisador e as intervenções estratégicas no Residencial Edgar Gayoso impactarão positivamente os meios de vida e a resiliência dos moradores. Além disso, a arborização com espécies nativas reduzirá os efeitos do calor, que atualmente são agravados pela falta de áreas verdes. Um objetivo final é reduzir as emissões, diminuindo as necessidades de deslocamento por meio da criação de oportunidades de lazer e emprego no próprio bairro.
Quem participa da aliança
- Agenda 2030, Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLAN/PMT)
- Associação de Moradores do Residencial Edgar Gayoso (AMREG)
- Centro de Eficiência em Sustentabilidade Urbana (CESU/Teresina)
- Cidade Pesquisa
- Departamento de Construção Civil e Arquitetura (DCCA/UFPI)
- Instituto de Arquitetos do Brasil – Piauí (IAB-PI)
- Núcleo de Estudos do Projeto de Arquitetura (NUARQ/UFPI)
- Ordem dos Advogados do Brasil – Piauí (OAB-PI)
- Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (SEMCASPI/PMT)
- Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH/PMT)
- Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM/PMT)
- Superintendência de Ações Administrativas Descentralizadas Norte (SAAD Norte/PMT)
- Superintendência de Parcerias e Concessões do Estado do Piauí (SUPARC/PI)
- Moradores do Residencial Edgar Gayoso
- Sociedade Civil
Contato: alianca.edgargayoso@gmail.com
Instagram: @alianca.edgargayoso