Filmes

Dirk Wilutzky

Narrativas inspiradoras de futuros urbanos precisam de criatividade e visualização, e não podem ser desenvolvidas apenas por meio de fatos ou textos acadêmicos. Para motivar, inspirar e criar oportunidades de transformação para as cidades para que se tornem verdes, inclusivas, sustentáveis e zero carbono, os cineastas Dirk Wilutzky e Mathilde Bonnefoy acompanham o projeto TUC.

Ao todo, cerca de 30 documentários curtos de 10 a 15 minutos estão sendo produzidos ao longo de seis anos. Os documentários trazem alguns dos cientistas da área e agentes de mudança mais respeitados do mundo, bem como membros dos Laboratórios Urbanos nas cinco cidades do projeto TUC. Os protagonistas dos documentários falam com o coração ao compartilharem suas histórias e conhecimentos para inspirar a ação urbana.

Durban civil servant and climate scientist Debra Roberts underscores the increasing relevance of science in addressing global challenges and the crucial need for what she calls ‘boundary people’. These are individuals who are adept at effectively communicating scientific information to policymakers, and at the same time, translating valuable empirical expertise gathered in the field back to the global scientific community for further analysis and integration.

Lahys Barros é uma arquiteta e urbanista envolvida no movimento político brasileiro MTST, que defende o acesso a moradia digna para trabalhadores sem-teto. Neste pequeno documentário filmado em 2023, ela descreve seu trabalho como ativista e compartilha sua avaliação e expectativas em relação à sua participação no Laboratório Urbano do Recife. Uma sequência deve ser lançada em 2025.

Para abordar questões como as mudanças climáticas, a desigualdade e o desenvolvimento, Debra Roberts, funcionária pública de Durban e cientista do clima, destaca a necessidade urgente de envolver todos os membros da sociedade no processo de tomada de decisões, construindo confiança através do diálogo, e fazendo uso do poder de convocação do governo local para facilitar essas discussões. Somente quando perspectivas e experiências diversas forem reunidas que um futuro mais equitativo e resiliente poderá ser alcançado.

Para solucionar o problema das mudanças climáticas, é necessário enfrentar abertamente a questão delicada da equidade. O cientista do clima Kevin Anderson destaca que não são apenas as nações que diferem em termos de seu histórico de emissões de carbono e responsabilidade frente aos danos climáticos. É igualmente essencial abordar a equidade dentro das sociedades, uma vez que a maior parte das emissões e impactos é produzida por um pequeno e seleto grupo, através de seus estilos de vida.

O cientista climático Johan Rockström explica a urgência de operar dentro dos "limites planetários" - os sistemas de suporte à vida planetária essenciais para a manutenção da vida humana na Terra. Seguindo as recomendações da ciência, Rockström acredita que podemos evitar um colapso ecológico e climático e criar um futuro mais saudável e próspero. Mas temos que agir de forma decisiva agora - ou falharemos completamente.

O cientista climático Kevin Anderson adverte que continuar seguindo nossa trajetória atual pode resultar em um aumento de temperatura de 3 a 4°C até o final do século, um resultado catastrófico a ser evitado a todo custo. Ele adverte contra acreditar na retórica política sobre o progresso na luta contra as mudanças climáticas e nos convida a pressionar por mudanças de política ousadas.

Christiana Figueres, ex-secretária executiva da UNFCCC e importante negociadora do Acordo de Paris de 2015, reconhece o desespero e a “paralisia climática” que podem surgir da percepção de que as previsões climáticas se tornaram realidade. No entanto, ela nos incita a recuperar nosso senso de agência e explorar o 'otimismo teimoso' que temos dentro de nós, e que é essencial para impulsionar a mudança necessária.